sábado, abril 4

Cinema: A Exaltação Patriótica

Como vos tinha dito no meu anterior artigo hoje irei terminar a apresentação de filmes. Isto porque é a partir da década de 60 que surge o cinema a cores. Assim após este artigo irei apresentar-vos biografias de cineastas das décadas de 30, 40 e 50. Hoje os filmes que vos irei apresentar são “Nazaré” de Manuel Guimarães e “Chaimite” de Jorge Brum do Canto.

“Nazaré”

Sinopse:
Sempre presente como pano de fundo, o mar é símbolo de destruição ou de origem para a comunidade piscatória da Nazaré. Os sentimentos e conflitos individuais sobressaem dos dramas colectivos. Neste ciclo de nascimento-vida-morte são relatadas diversas histórias entre as quais a vida de dois irmãos, António Manata (Virgílio Teixeira) e Manuel Manata (Artur Semedo), um com personalidade forte e corajoso outro fraco e covarde.
Curiosidades:
Filme realizado por Manuel Guimarães no ano 1952.
Teve a participação de Virgílio Teixeira (como António Manata); Helga Liné (como Maria da Nazaré); Artur Semedo (como Manuel Manata); Maria José (como Estrela); Luís Augusto (como Ti Augusto Mar Ruim); Manuel Lereno (como Torcido); Maria Olguim (como Ti Isaura); e Maria Schulze (como Emília).
O escritor neo-realista Alves Redol participou na realização do filme como argumentista.
“Nazaré” estreou no teatro Edén a 12 de Dezembro de 1952 e sofreu grandes cortes após a revisão prévia da Censura.



“Chaimite”

Sinopse:
População de Lourenço Marques, ano 1894. Vivem sob ataques do projecto inicial de Campanha Africana de António Enes e os seus companheiros. Vivesse grandes jornadas de Guerra e paralelamente o amor de pois soldados pela mesma mulher.

Curiosidades:
Filme de Jorge Brum do Canto, no qual participou como actor, no ano de 1953.

Com Jacinto Ramos (Mouzinho de Albuquerque); Jorge Brum do Canto (Paiva Couceiro); Augusto de Figueiredo (Caldas Xavier); Silva Araújo (António Enes); Emílio Correia (Interprete António); Julieta Castelo (Maria José Mouzinho de Albuquerque); Carlos José Teixeira (João Macário); e Artur Semedo (Daniel).


Foi considerado pelo Estado Novo como uma exibição exemplar relacionado com o esforço da protecção do ultramar português da cobiça estrangeira.


No ano de 1953 “Chaimite” recebeu o Grande Prémio e o Prémio de Melhor Actor – Emílio Correia - atribuídos pelo Serviço Nacional de Informação.


Estreou a 4 de Abril de 1953, no Monumental. Grandes esforços e quantias de dinheiro foram dispendidos para a realização deste filme. Contudo, para além de proporcionar, mais tarde, a falência da produtora Cinal (devido à pouca adesão do público), alterou o seu objectivo final. Deixou de ter o seu carácter de entretenimento para ser um dos meios utilizados pelo Estado Novo como propaganda do colonialismo português.


Apesar disto, após o filme “Feitiço do Império” de António Lopes Ribeiro, é considerado o segundo melhor filme colonial português.


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