terça-feira, abril 28

Arte Popular: Revolução dos Cravos

Continuando o 25 de Abril, falo uma pouco dos cravos.

O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, solidários com os soldados revoltosos; alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em seguida todos o fizeram) começou a distribuir cravos vermelhos para os soldados, que depressa os colocaram nos canos das espingardas. As flores do cravo são chamadas igualmente “flores divinas” ou “cravo-da-índia”. As flores do cravo estão disponíveis em quase todas as cores excepto azul. São flores macias. As flores do cravo são flores constantes. Representam e trazem positivismo.

Um poema sobre o tema:

Dizem
Que em tempo passado
O Povo deste País
Vivia em Opressão
Sentindo-se muito infeliz!

Pode ser!
Eu não duvido
Que houvesse descontentes
E foi fácil, divertido
Manipular nossas mentes!

Do que me lembro ainda
E olhem que tenho idade...
P'lo que vivi na altura
Estão a faltar à verdade!

Não estando na Europa
P'ró progresso se caminhava
Não se conhecia fartura

E o Escudo, poderoso
Com outras moedas apostava!Podia-se comer regrado
Mas dizer que havia fome....
Meus Amigos, está errado!

Se foi para mudar...
Todo o bem para este Povo!
Mas hoje estamos pior
Que estávamos no Estado Novo!
Não há Trabalho, Saúde
Os produtos a aumentar
Mendigamos à Europa
Não sei como vai acabar...

Liberdade...Que beleza!!!
Ofendemos por ser livres
Julgamos com incertezas
Fazemos nós de juízes!
Sabemos bem e de cor
Os Direitos que nós temos
Os Deveres que nos obrigam
Facilmente esquecemos!

E vivemos sem projecto
De decência e condição
A fome, agora real
Espreita o Povo e a Nação!

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