segunda-feira, fevereiro 2

Música: (In)Sucessos dos anos 80 na Eurovisão


Virada uma página, e ainda mais importante, uma década, Portugal continua a sua saga pela Eurovisão. Esta jornada pode ser vista pelo lado do sucesso e do insucesso. Sucesso para nós, país á beira-mar plantado, que assistiu ao aparecer de mais clássicos, ao florescer de autênticos êxitos pop lusitanos, que nem sequer roçam o popularesco (bem…alguns não roçam!). Por outro lado, observamos o fracasso na tabela final da Eurovisão de cada ano, durante esta década, em que Portugal não escala ao topo, por mais rezas e promessas a Fátima que se façam. Em resumo, perde a Europa, pois que não/nunca vota pelas grandes canções portuguesas, e ganhamos nós, vendo nascer uma nova cultura musical, cada vez mais distante do Fado e próxima do futuro(não que o Fado não seja futuro, mas diversifiquemos!). Os anos 80 haviam chegado. A música mudara, a qualidade continuava enormíssima, a atitude europeia continuava a roçar a injustiça (esse ser que se passeia por perto das mais sujas lamas…). Enfim, más avaliações à parte, recordemos aquilo que de melhor se fez de português na Eurovisão durante os anos 80. Escolhi 5 representantes da época das bolas de espelho e das calças á boca de sino. Espero sinceramente serem pertinentes as escolhas.

Abrimos os cinco mais desta semana com Dora, e o êxito “Não sejas mau pra mim”, a primeira participação da “Menina das Botas” neste festival, umas vez que voltaria dois anos depois com…”Voltarei”. 1986 é ano de “Não sejas mau pra mim”, uma canção que marcou uma geração, a das mães dos actuais adolescentes e com efeito-pastilha-elástica após audição, pois que se pega e não sai. Recordemos a actuação, a lembrar uma Whitney Houston da língua de Camões (não…o exagero não é assim tão grande.) e com uma saia verde inesquecível que voltou á moda por volta de 2004.





Em quarto lugar estão os DaVinci que tentam conquistar a Europa com o seu single “Conquistador”, numa letra que canta os feitos portuguesas e recorda a sua época de ouro. Foram os representantes de 1989. Fiquem com o videoclip desta canção portuguesa, não com a actuação, pois que o vídeo é extremamente engraçado e completo demais para não ser visto.





A medalha de bronze entrego-a a José Cid, com uma canção que mais parece uma aula de línguas, do que uma música no seu sentido lato. Falo então de “Um grande, grande amor”, de 1980, que com o seu refrão multinacional bem que merecia uma boa pontuação por parte de franceses, ingleses e alemães…o facto é que realmente recebeu mesmo a tal boa pontuação de que falava, posicionando-se num honroso 7º lugar (se bem que nos tenha ficado a saber a pouco.).





Pelo segundo lugar, ficam as inspiradoras das Spice Girls e tudo o que é girls-band á face da Terra, as grandes Doce! “Bem bom” é uma canção que toda a gente conhece, e quem não conhece é excepção rara. Esta música valeu às Doce o primeiro lugar no Festival RTP da Canção de 1982, e depois um 13º lugar no Festival da Eurovisão. Do grupo faziam parte Fá (Fátima Padinha), Teresa Miguel, Lena Coelho e Laura Diogo. Recordemos agora a actuação original, e depois uma actuação da mesma música no programa “Diz que é uma espécie de Reveillon”, onde podem reparar que, apesar do peso da idade, o talento se mantém. Nesta última actuação, Zé Diogo Quintela substitui Laura Diogo que agora vive na Califórnia.









Em primeiro lugar, Carlos Paião com “Playback”. Palavras para quê, é uma das maiores músicas do repertório pop/rock português, de um artista que apesar de já cá não estar, ainda toca os corações de todos os que o ouvem. Fiquem com esta canção de 1981. Antes, uma curiosidade: a corista vestida de amarelo é a actriz Ana Bola, conhecida por programas como “Herman Sic” e “VIP Manicure”.



2 comentários:

Anónimo disse...

Em primeiro adoooro Carlos Paião! E em segundo: Eu assisti ao reveillon dos gato fedorento, logo vi as doce e os outros todos ao vivo! (tom de fazer pirraça)

Inês disse...

hmm gosto particularmente do penteado da dona dora e daquela coisa verde esvoaçante ^^