quarta-feira, fevereiro 18

Pintura: O pintor da história

Dando continuidade aos artigos que tenho vindo a desenvolver nas últimas semana, sobre pintores que tiveram o seu protagonismo na segunda metade do século XX, hoje apresento-vos Carlos Alberto Santos.

Carlos Alberto Ferreira dos Santos nasceu em Lisboa no ano de 1933. O pintor começou como ilustrador em 1947 no atelier de publicidade de José David, publicando ilustrações para revistas e bandas desenhadas. O seu trabalho com mais sucesso foi a colecção de cromos História de Portugal, que começou a realizar em 1950, e que teve um enorme êxito por todo o país (o que justifica a sua nova editação anos mais tarde).

Carlos Alberto Santos ficou conhecido entre os jovens pelas suas colecções de cromos que, durante 20 anos, criou.
Colecções estas que representavam episódios históricos, como é o caso da sua última colecções que ilustrava algumas estâncias d´Os Lusíadas.

Como pintor, Carlos Alberto Santos, aborda principalmente temas da história de Portugal. A pintura chegou a este pintor um pouco mais tarde, tendo feito a sua primeira exposição em 1970 na Sociedade de Belas Artes em Lisboa, onde o tema dos seus quadros era, como podíamos esperar, sobre momentos históricos portugueses. Até agora Carlos Alberto Santos já expôs em 50 exposições colectivas e 44 individuais, tanto em Portugal como no estrangeiro (Boston, Cambridge, New Bedford, entre outros).
As suas obras estão representadas em exposições particulares por todo o mundo, e em Portugal podem ser observadas no Museu Militar do Porto.

Para terminar este artigo deixo-vos com uma curiosidade que sintetiza um pouco o carácter histórico dos temas abordados pelo pintor, é que José Hermano Saraiva, no seu programa, recorre várias vezes às telas de Carlos Alberto Santos para ilustrar os seus discursos sobre várias personalidades ou episódios da história.



3 comentários:

Anónimo disse...

Adorei este pintor. As imagens são muito bonitas e fascinantes.
Está muito bom!
Andreia

Anónimo disse...

Acho que este artigo é bastante interessante para a alargar conhecimentos da pintura feita durante o Estado Novo.

Eu não conhecia este pintor. Provavelmente, já teria visto um dos seus quadros no "A Alma e a Gente", mas acho que é extremamente importante perceber que tipo de arte é que era reconhecida e apoiada pelo regime.

Por outro lado, esta pintura que retrata a História de Portugal tem que ser bem recebida além fronteiras, o que explica que tenha feito exposições em grandes cidades americanas com comunidades portuguesas.

Parabéns pelo trabalho.

Diabba disse...

O Mestre (sim, merece a maiúscula) Carlos Alberto Santos, também fez incursões na Banda Desenhada, quem nunca ouviu falar na Zakarella? Heroína portuguesa, criada por este pintor.
Para além da arte, o Sr. Carlos Alberto Santos é uma excelente pessoa, fácil no trato, e que ainda hoje, com 77 anos, continua a pintar, saindo-lhe das mãos obras de arte lindíssimas.