A partir dos anos 70, a senhora da voz continuou a dar espectáculos um pouco por todo o mundo, edita álbums vários (entre eles "Maldição" em 1973, e "Lágrima" em 1983), trabalha com o Frei Hermano da Câmara e com Carlos Paião.
Nos anos 80 começa a lançar os seus primeiros "Melhor de Amália", e na medida em que uma compilação em CD de uma carreira, é sinónimo de sucesso, nos anos 80 nenhum único ser duvidava de que Amália era o fenómeno, e provavelmente, ninguém teria o impacto que ela teve. A prová-lo estão as vendas do duplo álbum "O Melhor de Amália - Estranha Forma de Vida", superiores a 100 mil exemplares no ano de 1985. Ainda nesse ano dá o seu primeiro grande concerto a solo em solo português, no Coliseu dos Recreios.
As homenagens multiplicam-se, sendo que em 1985 o dia 6 de Outubro torna-se, em Toronto (Canadá), o Dia Oficial de Amália Rodrigues; e em 1989 Amália é recebida em audiência privada pelo papa João Paulo II.
Os anos 90 proliferam em CD's de Amália, devido ao desuso do vinil e do LP. E não obstante os 54 anos de carreira, grava, em 1993, um disco com o napolitano Roberto Murolo.
No dia 6 de Outubro de 1999 (curiosamente o Dia Oficial de Amália Rodrigues em Toronto), a mulher que encantou multidões de lusitanos, deu esperança aos homens que iam para a guerra, conquistou o mundo, apaixonava os ouvidos, e tocava nas almas...
Amália Rodrigues partiu.
Mas como se pode dizer que Amália partiu, se ela ficará sempre? Como se pode conjugar o verbo morrer na mesma frase em que o seu nome é mencionado, se a eternidade da sua voz é inquestionável?
Não. Amália nunca morreu. Nunca morrerá. Pelo menos enquanto os corações com alma portuguesa baterem. E baterão até ao fim dos tempos.
As imagens apresentadas neste artigo são pinturas de Henrique Robó, Júlio Quaresma e Pedro Leitão (de cima para baixo)
Recomendo vivamente que oiçam Amália. Sejam felizes!
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