Apesar de na semana passada vos ter informado que iria, nesta semana, começar uma nova fase que englobaria o neo-realismo e o neo-impressionismo terminando assim na anterior semana os meus artigos sobre o modernismo, vários colegas me alertaram para o facto de eu me ter esquecido de uma personalidade importantíssima do modernismo: Amadeo de Souza-Cardoso. Visto isto decidi que hoje iria falar-vos deste pintor fantástico de que já falei na nossa Exposição sobre o Inicio do Século XX em Novembro de 2008.
Amadeo de Souza-Cardoso nasceu em 1887 e veio a morrer muito novo em 1918. Amadeo provinha de uma família burguesa rica o que facilitou a sua entrada no curso de Direito da Universidade de Coimbra, no curso de Arquitectura da Academia de Belas-Artes e a sua ida para Paris em 1906.
O envolvimento com o meio artístico de Paris e com as vanguardas que eclodiam pela Europa no início do século XX fez deste pintor um dos pintores portugueses mais geniais e versáteis, pois como ele próprio disse, ”Sou impressionista, cubista, futurista, abstraccionista? De tudo um pouco.” Esta frase revela um pouco todas as correntes que envolvem as suas obras resultando num trabalho fantástico e noutra corrente diferente, a de Amadeo de Souza-Cardoso.
Amadeo viveu as vanguardas que absorveu durante o período em que esteve em Paris muito intensamente. Decompôs as figuras à maneira cubista, geometrizando as formas mas usando cores vibrantes, utilizou colagens com vários materiais e também experimentou técnicas do abstraccionismo e do expressionismo.
Amadeo viveu as vanguardas que absorveu durante o período em que esteve em Paris muito intensamente. Decompôs as figuras à maneira cubista, geometrizando as formas mas usando cores vibrantes, utilizou colagens com vários materiais e também experimentou técnicas do abstraccionismo e do expressionismo.
Apesar de ter tido uma morte prematura, morreu aos 31 anos, criou durante a sua vida uma quantidade enorme de obras de muita boa qualidade que se tornaram uma referência do movimento modernista português não só no nosso país como no estrangeiro. Em 1925, 7 anos após a sua morte, realizou-se uma retrospectiva do pintor em França que albergava cerca de 150 trabalhos da sua autoria! As obras foram muito bem recebidas pelo público e pela crítica. 10 anos mais tarde, em 1935, é criado o Prémio Souza-Cardoso que tinha como objectivo distinguir pintores modernistas.
Depois de vos ter apresentado este genial pintor português, posso vos assegurar que no próximo artigo de blog já não voltarei a trás na minha palavra e começarei com a seguinte fase.
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