Amália, o já fenómeno, atinge o seu auge no pós 1950. E começa logo nesse ano que marca as metades do século criando uma das suas mais geniais canções, Foi Deus, onde Amália deu largas á sua voz como nunca!
No ano seguinte grava pela primeira vez em Portugal, na editora "Melodia", e continua na sua conquista pela Europa, que nem Napoleão das notas musicais.
Em 1952 parte para Nova Iorque, ficando quatro meses em cartaz na boite La vie en Rose, e recebendo até convites para actuar no palco dos palcos, a Broadway. Ainda neste ano começa a duradoura relção com a Valentim de Carvalhol, e com a discográfica inglesa EMI.
No ano seguinte torna-se na primeira portuguesa a aparecer na televisão, no programa norte-americano, Eddie Fisher Show da NBC em em 54 actua em Hollywood e entra na produção luso-francesa Amantes do Tejo, onde interpreta as famosíssimas (hoje) Canção do Mar e Barco Negro (abaixo), uma versão da canção Mãe preta, que se tornou numa das interpretações mais louváveis da rainha. Edita ainda o seu primeiro LP, nunca lançado em Portugal
Em 1955 grava no México um documentário ao lado de Edith Piaff. No mesmo, Amália interpreta Lisboa Antiga, um hino á capital portuguesa, que pode ser encontrado neste link: http://www.youtube.com/watch?v=i4rPz9C4rc4.
Conquista o Olympia de Paris, onde interpreta o êxito escrito para ela por Charles Aznavour, "Aie mourir pour toi" (http://www.youtube.com/watch?v=i4rPz9C4rc4), actuando também no México, Brasil, Bélgica...enfim...o mundo! Depois das caravelas e naus do século XVI, a voz de Amália foi a maior conquistadora portuguesa do mundo até então.
Nos finais dos anos 50 e inícios de 60, entra em filmes, lança EP's, canta e encanta em festivais, é condecorada, começando ainda a interpretar poemas de David Mourão-Ferreira, Alain Oulman, e Pedro Homem de Mello (autor de Povo que Lavas no Rio). Em 61 interpreta Estranha forma de vida, um poema seu, que reflecte o seu viver diferente, a ausência de um amor fixo na sua vida, o estar no meio de todos, mas tão só. Essa primeira actuação está registada em vídeo e pode ser encontrada em http://www.youtube.com/watch?v=f3fYCspwr9U.
Em 65, canta poemas de Luís de Camões, como por exemplo "Lianor" (http://www.youtube.com/watch?v=BO-fahCx3vU) e de outros poetas, interpretações estas envoltas em grande polémica!
No ano seguinte recebe o Prémio Pozal Domingues pelo disco "Fandangueiro" e faz parte do júri do Festival da Canção do Rio de Janeiro, escolhendo Simone de Oliveira como representante de Portugal no Festival.
1967 foi um outro grandioso ano, na medida em que em Cannes, recebe das mãos do actor Anthony Quinn, o prémio MIDEM 1965/66, destinado a premiar o artista que mais discos vende no seu país, proeza só alcançada pelos Beatles; edita três EP com gravações de folclore: Folclore 1 - Amália Canta Portugal, Malhão de Cinfães e Tirana; e inicia uma temporada no Olympia como figura central de um espectáculo denominado "Grand Gala du Music-Hall Portugais", dedicado a Portugal com um elenco português do qual fazem parte Simone de Oliveira, Duo Ouro Negro e Carlos Paredes, entre outros.
1967 foi um outro grandioso ano, na medida em que em Cannes, recebe das mãos do actor Anthony Quinn, o prémio MIDEM 1965/66, destinado a premiar o artista que mais discos vende no seu país, proeza só alcançada pelos Beatles; edita três EP com gravações de folclore: Folclore 1 - Amália Canta Portugal, Malhão de Cinfães e Tirana; e inicia uma temporada no Olympia como figura central de um espectáculo denominado "Grand Gala du Music-Hall Portugais", dedicado a Portugal com um elenco português do qual fazem parte Simone de Oliveira, Duo Ouro Negro e Carlos Paredes, entre outros.
Nos anos seguintes dá actua no Canadá, Roménia, e até União Soviética; e em 1969 edita o álbum "Vou dar de beber á dor". Em 1970 actua em Itália, que se torna num dos seus destinos favoritos, e no Japão (em Osaka), onde grava um álbum ao vivo. Publica também o álbum Com que Voz, galardoado com imensos prémios, incluindo o IX Prémio da Crítica Discográfica Italiana (1971), com o Grand Prix du Disc da Acádemie Charles Cross (1975) e o Grand Prix de la Ville de Paris (1975).
E por agora fico-me por aqui. São vinte anos os falados, muitas glórias, grandes saudades. No próximo artigo, o último sobre Amália, veremos o que aconteceu a Amália depois de 1970, recordando as suas últimas glórias, e vendo que até as lendas envelhecem e partem (embora se saiba que nunca partirão.)
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