Sorriam! Acendam os vossos isqueiros durante as baladas! Sintam o coração a bater ao som da derradeira década do século XX! Resumindo, esta semana, para terminar o ciclo Eurovisão, recordaremos o que de melhor se fez nos anos 90, em português, para o festival dos festivais. E as cinco canções escolhidas como as melhores da década possuem uma característica comum, o serem interpretadas por mulheres! Desde músicas mais mexidas e orelhudas, até baladas de fazer corar qualquer Céline Dion, os anos 90 produziram também verdadeiros clássicos e épicos da música portuguesa, algo que não viria a acontecer na década seguinte, onde as únicas canções que bem representaram Portugal foram a de Rita Guerra e a de Vânia Fernandes. Todas as outras podem ser comparadas a fogo-de-artíficio, que é muito espectacular, mas rapidamente desaparece e se esquece. De volta aos anos 90, comecemos pelo fundo da tabela.
“Peguei, trinquei e meti-te na cesta”. Bela metáfora que esta letra possui, comparando os homens a uma maçã ou a um papo-seco. A canção é de Dina e chama-se “Amor de água fresca”. A letra é da grande Rosa Lobato Faria, que escreveu a letra de outras representantes portuguesas na Eurovisão de 90, como “Antes do Adeus” de Célia Lawson. O ano em questão é 1992 e ficou em 17º lugar. Reparem que no videoclip, há momentos em Dina está vestida de Carmen Miranda.
O quarto lugar é de Lúcia Moniz e “O meu coração não tem cor”, a música lusitana que melhor lugar obteve no Festival da Canção, um honroso 6º lugar. Lúcia Moniz tem uma carreira enormíssima, que passa da música pop/rock, a telenovelas na TV, passando ainda pelo teatro musical, entrando em várias produções de Filipe LaFéria, como “Música no Coração” e “West side story”, e colocando a sua elegância subtil em produções cinematográficas. A brilhante participação data de 1996 é acompanhada, entre outros instrumentos, pelo cavaquinho.
Em terceiro lugar está uma das maiores divas da música nacional, ainda em início de carreira. Falo de Dulce Pontes, com a sua “Lusitana Paixão” (1991), um registo memorável da música portuguesa, iniciando a junção entre o pop/rock e o Fado, algo nunca antes feito e, diga-se de passagem, apenas feito brilhantemente pela autora de canções como “O Infante”, “Canção do mar” e “Amor a Portugal”, entre muitas outras. Esta canção ficou em 8º lugar, com um total de 62 pontos. Nesta interpretação que vos deixo, além da voz fantástica de Dulce, realço a sua permanente, que representa fielmente os penteados final-de-80/início-de-90. Deixo-vos ainda um karaoke desta música, para se divertirem a cantá-la.
O segundo lugar conquista-o Anabela, com “A cidade até ser dia”. A voz harmoniosa de Anabela canta o sonho, sonhado durante “a noite” que cai na cidade, cidade essa que é a nossa vida, de modo genial. A “menina Eurovisão”, ou “menina LaFéria”, como ela própria se apelidou em jeito de brincadeira, ficou em 10º lugar no ano da sua participação, 1993, ganhando 60 pontos no total.
Em primeiro lugar, está a vencedora da primeira edição do Chuva de Estrelas, Sara Tavares, a primeira artista negra a representar Portugal na Eurovisão, com a canção “Chamar a música”. A cabo-verdiana ficou em 8º lugar no Festival com este poema cantado de Rosa Lobato Faria (mais uma vez). 1994 era então um ano histórico para a música portuguesa, com a criação de uma das mais belas baladas de sempre, cantadas na língua de Camões.
“Peguei, trinquei e meti-te na cesta”. Bela metáfora que esta letra possui, comparando os homens a uma maçã ou a um papo-seco. A canção é de Dina e chama-se “Amor de água fresca”. A letra é da grande Rosa Lobato Faria, que escreveu a letra de outras representantes portuguesas na Eurovisão de 90, como “Antes do Adeus” de Célia Lawson. O ano em questão é 1992 e ficou em 17º lugar. Reparem que no videoclip, há momentos em Dina está vestida de Carmen Miranda.
O quarto lugar é de Lúcia Moniz e “O meu coração não tem cor”, a música lusitana que melhor lugar obteve no Festival da Canção, um honroso 6º lugar. Lúcia Moniz tem uma carreira enormíssima, que passa da música pop/rock, a telenovelas na TV, passando ainda pelo teatro musical, entrando em várias produções de Filipe LaFéria, como “Música no Coração” e “West side story”, e colocando a sua elegância subtil em produções cinematográficas. A brilhante participação data de 1996 é acompanhada, entre outros instrumentos, pelo cavaquinho.
Em terceiro lugar está uma das maiores divas da música nacional, ainda em início de carreira. Falo de Dulce Pontes, com a sua “Lusitana Paixão” (1991), um registo memorável da música portuguesa, iniciando a junção entre o pop/rock e o Fado, algo nunca antes feito e, diga-se de passagem, apenas feito brilhantemente pela autora de canções como “O Infante”, “Canção do mar” e “Amor a Portugal”, entre muitas outras. Esta canção ficou em 8º lugar, com um total de 62 pontos. Nesta interpretação que vos deixo, além da voz fantástica de Dulce, realço a sua permanente, que representa fielmente os penteados final-de-80/início-de-90. Deixo-vos ainda um karaoke desta música, para se divertirem a cantá-la.
O segundo lugar conquista-o Anabela, com “A cidade até ser dia”. A voz harmoniosa de Anabela canta o sonho, sonhado durante “a noite” que cai na cidade, cidade essa que é a nossa vida, de modo genial. A “menina Eurovisão”, ou “menina LaFéria”, como ela própria se apelidou em jeito de brincadeira, ficou em 10º lugar no ano da sua participação, 1993, ganhando 60 pontos no total.
Em primeiro lugar, está a vencedora da primeira edição do Chuva de Estrelas, Sara Tavares, a primeira artista negra a representar Portugal na Eurovisão, com a canção “Chamar a música”. A cabo-verdiana ficou em 8º lugar no Festival com este poema cantado de Rosa Lobato Faria (mais uma vez). 1994 era então um ano histórico para a música portuguesa, com a criação de uma das mais belas baladas de sempre, cantadas na língua de Camões.
A Eurovisão assume uma importância enorme em termos culturais, oferecendo-nos, público, canções maravilhosas que se tornam em símbolos de uma época, de um estilo e mais importante que tudo, símbolo do que é ser português. Esperemos que os próximos anos tragam boas canções portuguesas à Eurovisão e se criem mais clássicos maravilhosos. Este ano já se escolheram os 12 concorrentes portugueses. Desses 12, apoio a música de Romana e dos Flor de Lis. Parecem-me as mais ricas em qualidade e sentimento, afastando-se do triste espírito comercial da Eurovisão dos últimos anos. Logo veremos o que o futuro nos reserva. Entretanto, brindemos ao glorioso passado e à música de qualidade portuguesa.
1 comentário:
obrigado pela dica... estão aqui musicas deveras interessantes...
se a lúcia moniz fosse um pouco mais nova... nao me importava de casar com ela... era zás!!!!!!!!!!!!!1
Enviar um comentário