sábado, março 14

Cinema: Dois Retratos Sociais

Como vos tinha dito no meu último artigo, a partir de hoje apresento-vos filmes da década de 40. Hoje eles são “Pátio das Cantigas” e “Ala-Arriba”.


“Pátio das Cantigas”








Sinopse:
Os sonhos, os dissabores, as alegrias e tristezas, paixões e ciúmes de uma pequena comunidade de um pátio na cidade de Lisboa.
Alfredo, bom rapaz e irmão do desvairado Carlos Bonito (António Vilar), namora com a frívola Amália e é amado pela pensativa Susana (Graça Maria), sua irmã. Narciso (Vasco Santana) bêbado crónico e virtuoso de guitarra, é pai de Rufino (Francisco Ribeiro, o Ribeirinho) e sócio da leitaria. A senhora Rosa (Maria das Neves), viúva, fresca e florista é disputada por Narciso e pelo maniento Evaristo (António Silva).
Curiosidades:
Realizado por Francisco Ribeiro, irmão de António Lopes Ribeiro, em 1941.
Foi o único filme que Francisco Ribeiro realizou e no qual ele, António Silva e Vasco Santana contracenam pela primeira vez.
Estreou no cinema Eden no dia 23 de Janeiro de 1942.
Hoje, “Pátio das Cantigas” é uma referência das comédias das décadas de 30/40, e no qual podemos apreciar não só os dotes de actor de Ribeirinho como também o seu talento como encenador teatral e cinematográfico.

“Ala-Arriba”










Sinopse:
História de amor passada em terras de Póvoa de Varzim. Filme com contornos de documentário, no qual são apresentados os dramas, costumes e hábitos de uma comunidade piscatória tendo o mar com pano de fundo.

Curiosidades:
Filme de José Leitão de Barros, realizado no ano de 1941.
Este foi o primeiro filme português a conquistar um prémio no Festival de Cinema Internacional de Veneza: a Taça Volpi, em 1942.
Este é dos melhores filmes realizados por Leitão de Barros, onde apenas dois dos actores são actores de palco. O resto do elenco não era profissional. Contudo, apesar da inexperiência de muitos actores, “Ala-Arriba” valeu um prémio de orgulho nacional.

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