Como já tinha explicitado na semana anterior, hoje farei um artigo constituído por uma análise e uma crítica à artista Paula Rego e às suas obras, assim como, por uma reflexão do valor concedido aos artistas portugueses, nomeadamente aos pintores.
Na semana passada apresentei neste blog um artigo de carácter biográfico sobre a pintora Paula Rego, esse artigo tem como finalidade dar-vos a conhecer o percurso da pintora para então apoiar o artigo de hoje.
Como todos já conhecem, ou podem observar a partir das obras desta autora expostas neste blog, a pintora Paula Rego é essencialmente reconhecida pelo carácter chocante, sexual e violento das suas obras.
Na semana passada apresentei neste blog um artigo de carácter biográfico sobre a pintora Paula Rego, esse artigo tem como finalidade dar-vos a conhecer o percurso da pintora para então apoiar o artigo de hoje.
Como todos já conhecem, ou podem observar a partir das obras desta autora expostas neste blog, a pintora Paula Rego é essencialmente reconhecida pelo carácter chocante, sexual e violento das suas obras.
As pinturas da Paula Rego abordam temas relacionados com a sexualidade, onde em vários quadros se pode reconhecer uma cena de violação, uma criança abusada, ou até cenas que não representam especificamente cenas sexuais mas as figuras do quadro mantém uma postura muito ligada à sexualidade; temas relacionados com a morte e outros temas violentos onde a cena representada e as figuras mantém um certo obscurantismo. As obras desta autora constituem um escândalo propositado, na medida em que o quadro tem o objectivo de chocar, assim como muitas obras de pintores vanguardistas, portanto a primeira reacção de qualquer pessoa face ao quadro não é averiguar a qualidade da técnica utilizada, ou a qualidade estética da obra ou ainda o significado mais profundo, mas sim é uma reacção de confronto com a temática e com a violência com que esta nos embate.
A maior parte das obras mais admiradas da pintora, tem um intuito de reconstruir uma história a partir de imagens e ilusões que envolvem todo o quadro quase como o assombrando, não num sentido pejorativo é claro. As temáticas são tão fortes, assim como a representação no quadro, que é como se a pintora sentisse tudo aquilo ou já o tivesse vivido, não que eu tenha alguma informação da pintora ter tido algum caso deste tipo de violência, nem quero passar falsas ideias aos leitores.
A principal razão para eu fazer este artigo foi o facto de eu ter uma opinião muito forte sobre esta artista, na realidade as obras da pintora não são algo que aprecie, achando até que são esteticamente ofensivas, mas como é óbvio é apenas a minha opinião que se baseia naquilo que aprecio esteticamente e que gosto de pintar.
Um dos muitos pensamentos que tenho quando analiso as obras da pintora, é perguntar-me porquê? Como é que algo consegue ter tanto sucesso? A resposta torna-se evidente após ter conhecimento do percurso da pintora e da sua influência em Inglaterra, o que a projectou internacionalmente, uma sorte de conhecimentos e meios. Não estou aqui a pôr em causa o valor da pintora Paula Rego ou das suas obras, mas será que é um sucesso merecido? Será que face aos inúmeros e fantásticos pintores portugueses, que nem sequer são conhecidos em Portugal, a pintora tem um sucesso merecido? É claro que em comparação este sucesso e projecção internacional torna-se injusto e até ridículo, mas a verdade é que a pintora merece tudo isto, o que acontece é que os restantes pintores portugueses também o merecem. A pintura no nosso país está subvalorizada, desconhecida, e ainda somente ao alcance de uma minoria. As pessoas não dão o devido valor à pintura portuguesa contemporânea, e a maioria só diz conhecer e apreciar as obras de Paula Rego porque esta é reconhecida internacionalmente, e para o nosso povo se o estrangeiro aprova é porque é bom e então é um orgulho. Os nossos artistas precisam de reconhecimento e para isso é necessário existir um público interessado, não com isto que eu esteja a dizer que apreciar pintura é uma obrigação, claro que não, mas é necessário valorizar os pintores. A realidade é que ninguém fica indiferente a nenhum tipo de arte, pode gostar mais de uns movimento ou estilos do que outros, mas gosta. A arte faz parte da nossa cultura, define a nossa identidade, e nenhum ser humano consegue ser insensível ao ponto de não ter nenhuma emoção face a qualquer arte, mesmo que seja uma emoção depreciativa.
Com isto tudo, a minha ideia é alertar-vos a todos, leitores, colegas, comunidade, para a existência da Arte, da pintura. Como um actor precisa das palmas do público, um quadro precisa de ser visto, analisado, apreciado, criticado, e um pintor precisa de passar para os outros a ligação que tem com as suas obras, fazer as pessoas sentirem a sua paixão e o seu envolvimento.
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