
Alfredo Marceneiro foi influenciado pela sua mãe em termos musicais, se bem que o seu pai e o seu avô (que tocava guitarra e cantava fados de improviso) também exerceram a sua influência.
Marceneiro seguia atentamente as cegadas, tomando assim mais contacto com o Fado, e cultivando o seu gosto pela representação.


Foi na cegada “Luz e Sapiência” que Alfredo granjeia maior glória. Tanta que até ao fim da sua vida conseguia recitar de cor o seu papel nesta cegada. Uma das curiosidades acerca destas cegadas tem que ver com o facto de Marceneiro se…travestir.
Os anos 20 e 30 ricos em Fado de Marceneiro. Esses anos de contributo para o fado granjearam a Marceneiro a seguinte homenagem gravada numa placa:

Que perturba e nos faz cismar:
É dor? É medo? São visões d'antanho?
Amor? Ciúme? É choro? É gargalhar?
É voz do fado - dizem - e eu convenho
Que ande na sua voz a voz do mar,
Onde Portugal se fez tamanho
E aprendeu a cantar e a soluçar.
O Marceneiro tem aquela atroz
Sonância d'onda infrene que em rochedo
Fareja e morde, impiedosa e algoz.
É voz roufenha que nos mete medo,
Mas que atrai, que seduz... É bem a voz
Do fado rigoroso, a voz do Alfredo.
É voz roufenha que nos mete medo,
Mas que atrai, que seduz... É bem a voz
Do fado rigoroso, a voz do Alfredo.
********
Profissionaliza-se no fado nos anos 40, sendo o Bairro Alto e Alfama os seus principais “reinos”, e até à sua morte e para além desta, Alfredo manteve-se e manter-se-á sempre o rei do Fado e eterno dono de Lisboa.
Créditos de imagens: Família de Alfredo Marceneiro
Profissionaliza-se no fado nos anos 40, sendo o Bairro Alto e Alfama os seus principais “reinos”, e até à sua morte e para além desta, Alfredo manteve-se e manter-se-á sempre o rei do Fado e eterno dono de Lisboa.
Créditos de imagens: Família de Alfredo Marceneiro
Sem comentários:
Enviar um comentário