Os próximos filmes que realizou, diz Manoel de Oliveira, realizou-os durante um período de pausa do seu trabalho. “Nessa altura não estava a trabalhar e os meus amigos pediam-me para fazer filmes. Aceitava, (…) Para enganar o tempo, nada mais.”
São eles:
- “Estátuas de Lisboa”, 1932
- “Hulha Branca”, 1932
- “Miramar, Praia de Rosas”, 1938
- “Já se Fabricam Automóveis em Portugal”, 1938
- “Famalicão”, 1940
“Aniki-Bóbó” foi a primeira longa-metragem que o cineasta realizou. Este filme tem um carácter um pouco violento. Dai não ter sido aceite pelo público português. Nesta obra de Manoel de Oliveira realizada em 1942 retrata a vida de um triângulo amoroso infantil. Os dois rapazes ao longo da metragem tentam conquistar o coração da rapariga. Todavia, um dos moços sofre um violento acidente do qual é acusado o outro rapaz.
Para este filme, Manoel de Oliveira teve como inspiração a sua infância vivida cheia de aventuras. Também ele e a sua prima brincavam como os protagonistas desta sua longa-metragem.
Estreou-se no cinema Eden, no mesmo ano e elogiado por especialistas estrangeiros do cinema.
Após um estágio em Alemanha, quando regressou, Manoel de Oliveira aplicou tudo o que tinha aprendido no documentário “O Pintor e a Cidade”, em 1956. Neste documentário é-nos apresentada a cidade do Porto vista por nós, meros cidadão, e como o pintor António Cruz a vê, expressando através das suas aguarelas. Manoel de Oliveira diz ser esta “a obra fundamental da minha carreira, na mudança da minha reflexão sobre o cinema.”
Foi apresentado ao público no São Luís e no Alvalade em 1956. Foi aplaudido tanto pelos críticos portugueses como pelos estrangeiros.
- “O Coração”, 1958 (inacabado)
- “O Pão”, 1959
- “O Acto da Primavera”, 1963
- “A Caça”, 1963
- “Villa Verdinho – Uma Aldeia Transmontana”, 1964
- “As Pinturas do Meu Irmão Júlio”, 1965
- “O Passado e o Presente”, 1971
- “Benilde ou a Virgem Mãe”, 1974
- “Francisca”, 1981
- “Visita ou Memórias e Confissões”, 1982
- “Lisboa Cultural”, 1983
- “Nice – À Propos de Jean Vigo”, 1983
- “Simpósio Internacional de Escultura em Pedra”, 1985
- “Le Soulier de Satin”, 1985
- “Mon Cas/O Meu Caso”, 1986
- “A Propósito da Bandeira Nacional”, 1987
- “Os Canibais”, 1988
De 1990 a 1999 realizou:
- "Non ou Vã Glória de Mandar” 1990
- “A Divina Comédia”, 1991
- “O Dia do Desespero”, 1992
- “Vale Abraão”, 1993
- “A Caixa”, 1994
- “O Convento”, 1995
- “E Un Poignée de Mains Amies”, 1996
- “Party”, 1996
- “Viagem ao Principio do Mundo”, 1997
- “Inquietude”, 1998
- “A Carta”, 1999
- “A Vida e a Morte”, 1999
Nesta década de 90, da lista acima que referi, destaco um filme: “Non ou a Vã Gloria de Mandar”, o que marca o inicio desta década.
Na viragem do século, Manoel de Oliveira celebra o novo ano com a rodagem de “Palavra e Utopia”, 2000. Em seguida realiza “Porto da minha Infância” em 2001.
Desde o inicio do século XXI, para além de “Palavra e Utopia” e “Porto da Minha Infância”, Manoel de Oliveira realizou outros filmes como:
- “Vou Para Casa”, 2001
- “O Principio da Incerteza”, 2002
- “Momento”, 2002
- “Um Filme Falado”, 2003
- “O Quinto Império – Ontem como Hoje”, 2004
- “Do Visível ao Invisível”, 2005
- “Espelho Mágico”, 2005
- “O Improvável não é Impossível”, 2006
- “Belle Toujours”, 2007
- “Rencontre Unique”, 2007
- “Cristóvão Colombo – O Enigma”, 2007
- “Singularidade de Um Rapariga Loura”, em rodagem.
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