sábado, dezembro 27

Cinema: A Recompensa de Anos Dedicados à Arte Cinematográfica

Através das suas produções cinematográficas, Manoel transmitiu-nos vivências da sua infância, novas maneiras de olhar-mos alguns assuntos, novas técnicas aplicadas nos seus filmes e aceitou críticas que só fortaleceram a sua carreira.


E por toda uma vida dedicada ao cinema Manoel de Oliveira mereceu cada prémio e galardões que recebeu.
  • Em 1964, com o filme “Acto da Primavera”, Manoel de Oliveira recebeu a Medalha de Ouro no Festival de Siena em Itália. Também com o mesmo filme recebeu o Prémio de Cinema da Casa de Imprensa pela Melhor Realização.
  • Recebeu o Prémio Especial do Juri, no Festival de Cinema da Figueira da Foz, em 1979 com um dos seus filmes mais polémicos, “Amor de Perdição”.
  • Em 1982 Manoel de Oliveira recebeu dois prémios de origem nacional, o primeiro da revista Nova Gente e depois do Instituto Português de Cinema (IPC).
  • O filme “Os Canibais” deu a Manoel de Oliveira dois Prémios, um na Amostra de Cinema em São Paulo e outro atribuído pela Cinemateca Real da Bélgica, ambos em 1988.
  • Através da longa-metragem “Porto da Minha Infância”, Manoel de Oliveira foi premiado com o Prémio Robert Bresson.
Ao longo da sua carreira não só espelhou a sua arte pela Europa, mas sim por todo o mundo.
Apresentou filmes em festivais mundiais, divulgou as suas obras por todo o mundo.
Com o filme “Vale Abraã”, em 1993, participou nos festivais como no Festival de Cinema de Nova Iorque, Festival de Toronto, Festival Internacional de Cinema de Porto Rico, Festival Internacional de Cinema de Thessaloniki (Grécia), Festival de Tóquio, Festival de Cinema de Genebra, entre outros.

Em 1995, com o filme “O Convento” viajou pelo mundo e apresentou-o em festivais em França, Espanha, Israel, Índia, Itália, Canadá, Brasil Japão, entre outros. Entre 1996 e 1999 viajou até França, República Checa, Hungria, Alemanha e Holanda, com o mesmo filme.


“Party” foi outro dos filmes que deram a Manoel de Oliveira a possibilidade de conhecer o mundo. Em 1996, 97, 98 e 99, foi aos festivais dos Estados Unidos, da Argentina, do Uruguai, de Hong Kong, de Jerusalém, entre outros. Também os filmes “Carta”, “Porto da minha Infância” e “Vou para Casa” deram a mesma oportunidade da viagem pelo mundo ao cineasta.


Manoel de Oliveira tem presença assídua no Festival de Cannes, Veneza e Montréal.



Considerando serem os mais importantes, destaco os prémios ganhos pelo cineasta, o Leão de Ouro (o prémio maior atribuído no Festival Internacional de Cinema em Veneza) em 1985 e 2005 e em 2008 a Palma de Ouro (Prémio atribuído ao prémio vencedor no Festival de Cannes).



Neste ano que está a acabar, Manoel de Oliveira foi premiado com o Prémio Mundial do Humanismo por se considerar ter contribuído com a sua arte para a preservação da paz, como também foi doutorado pela Universidade do Algarve.






A última consagração atribuída ao grande cineasta português foi atribuída pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem de Infante Dom Henrique pela “sua singularidade” e pela sua recheada de sucessos e longa vida e carreira. Após receber tamanha congregação desejou que “o Presidente da República e todos os presentes chegassem aos 100 anos para receberem um prémio tão honroso”.


Assim, acabo esta trilogia dedicada ao cineasta Manoel de Oliveira. Após este três artigos conheço melhor a carreira de uma dos maior, se não o maior, cineasta português. Espero que também vocês se sintam mais conhecedores de parte de história do cinema português.

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