Manoel de Oliveira não só teve uma vida recheada de sucessos cinematográficos como também viveu momentos importantes do nosso país. Presenciou momentos históricos, culturais e políticos.
Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no Porto, dia 11 de Dezembro de 1908, ou seja, há 100 anos comemorados há poucos dias. Frequentou, em finais dos anos 20, a escola de actores criada no Porto pelo realizador Rino Lupo. Na sua adolescência dedicava-se ao desporto. Praticou atletismo e ginástica e foi vice-campeão durante três anos de salto à vara. Devido às suas vitórias foi modelo do escultor Henrique Moreira para a realização da estátua O Atleta. Oliveira era também apaixonado por carros participando em corridas tanto em Portugal como no Brasil.
Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no Porto, dia 11 de Dezembro de 1908, ou seja, há 100 anos comemorados há poucos dias. Frequentou, em finais dos anos 20, a escola de actores criada no Porto pelo realizador Rino Lupo. Na sua adolescência dedicava-se ao desporto. Praticou atletismo e ginástica e foi vice-campeão durante três anos de salto à vara. Devido às suas vitórias foi modelo do escultor Henrique Moreira para a realização da estátua O Atleta. Oliveira era também apaixonado por carros participando em corridas tanto em Portugal como no Brasil.
A sua paixão pelo cinema começou quando em 1913, com 5 anos, o seu pai o levou a ver o seu primeiro filme. Em 1928 tive a sua primeira participação no filme “Fátima Milagrosa” de Rio Lupo. Aqui começava o seu gosto pelo cinema e pela carreira de actor, especialmente de comédia. Em 1933 participou, ao lado de Vasco Santana, no filme “Canção de Lisboa”, de Cotinelli Telmo, do qual é o único que ainda está vivo.
A 4 de Dezembro de 1940 Manoel de Oliveira casa-se com Maria Isabel Brandão Carvalhais. Assumindo outras responsabilidades, abandona as competições desportivas e os carros.
Dois anos depois, Oliveira realiza da sua primeira longa-metragem Aniki-Bobó, que não obtêm sucesso em Portugal e sem subsídios para filmar, dedica-se, durante os próximos 14 anos, ao negócio de família e à agricultura numa quinta da sua mulher.
Apenas volta à realização cinematográfica em 1956, após um estágio na Alemanha onde estudou o cinema com cor e onde adquiriu aparelhos cinematográficos, realizando depois “O Pintor e a Cidade”.
Em 1963 foi detido pela PIDE, o que deu origem a dois baixos assinados para que a sua libertação ocorresse. Em 1976, Manoel de Oliveira foi obrigado a fechar a sua fábrica de passamanaria, que herdou do seu pai, devido à invasão do PREC. Assim teve de vender a sua casa e regressar ao cinema para pagar as suas dívidas.
Neste seu regresso ao activo fez a adaptação de “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco e a partir de 1978 nunca mais parou de realizar os seus excelentes filmes até aos dias de hoje. Na comemoração do seu centenário, o cineasta estava, e ainda está, a realizar “Singularidade de uma Rapariga Loura”.
A sua morte, que espero ser só daqui a alguns anos, irá ficar marcada pela exibição de um filme. Manoel de Oliveira deseja que o filme “Visita ou Memórias e Confissões” apenas seja exibido após o fim da sua vida produtiva de filmes extraordinários e estimulantes de recordações e sentimentos.
No meu próximo artigo irei revelar-vos todos os documentários, curtas e longas-metragens realizadas por Manoel de Oliveira.
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