quinta-feira, dezembro 4

Pintura: A Arte do Regime

Ao longo dos últimos artigos, tenho vindo a informar-vos acerca de pintores importantes para o início do século XX e, mais recentemente, de outras formas de pintura como a banda desenhada e o cartoon.

Para continuar o percurso histórico destes artigos, após vos ter apresentado alguns pintores protagonistas do modernismo, irei hoje começar uma introdução referente ao papel da pintura no Estado Novo.

Muitos pintores modernistas foram também importantes protagonistas da “arte oficial” do Estado Novo, como é exemplo Almada Negreiros e outros de quem falarei nos próximos artigos.

Durante o Estado Novo o SPN (Secretário da Propaganda Nacional) dirigido por António Ferro, implementou um projecto cultural denominado “Política do Espírito”. Este projecto tinha como principal finalidade, com uma aproximação mais cultural do povo, mediatizar o regime através da propaganda.

Este projecto beneficiava os artistas que colaboravam com o regime e com a “Política do Espírito”, patrocinando-os.

Apesar do conservadorismo característico deste regime autoritário, António Ferro, grande apreciador do modernismo, atraiu muitos pintores modernistas que, com a criatividade sujeita às exigências do regime, fizeram da pintura umas das artes que mais colaboraram com a propaganda política do Estado Novo.

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